Novo Estudo colaborativo Identifica Corredores Migratórios Globais para Aves Marinhas
A BirdLife International, juntamente com uma equipa global de investigadores, de entre os quais Verónica Neves, investigadora do OKEANOS-UAC, mapeou os primeiros corredores migratórios marinhos globais para aves marinhas. Publicado na revista Global Ecology and Biogeography, este estudo inovador oferece informações cruciais sobre as rotas migratórias de aves marinhas que cruzam os oceanos Atlântico, Índico, Pacífico e Austral.
Ao analisar dados de rastreamento de 48 espécies de aves marinhas ao longo de 34 anos, os investigadores identificaram seis principais corredores marinhos, que são consistentemente utilizados durante as migrações. Estes resultados fornecem um novo referencial para a conservação global das aves marinhas, destacando a necessidade de cooperação internacional para proteger essas rotas essenciais.
"Compreender a migração das aves marinhas é fundamental para planear a conservação," afirmou Verónica Neves, coautora do estudo. "Estas aves percorrem milhares de quilómetros em águas internacionais, enfrentando ameaças como a perda de habitat e a captura acidental na pesca. O reconhecimento desses corredores permitirá coordenar melhor os esforços de conservação à escala global."
Principais descobertas:
✅ Identificação de seis corredores marinhos globais utilizados por aves marinhas
✅ Descoberta de rotas em formato de oito e de circunavegação, influenciadas pelas correntes oceânicas
✅ Necessidade urgente de esforços internacionais de conservação para mitigar ameaças
Os resultados destacam a conectividade ecológica das aves marinhas através das vastas bacias oceânicas e reforçam a importância de proteger as espécies migratórias para além das fronteiras nacionais. O estudo oferece uma base científica para políticas de conservação e para acordos internacionais focados na proteção da biodiversidade marinha.
A análise foi realizada no âmbito da Global Ocean Biodiversity Initiative (GOBI), com o apoio da International Climate Initiative (IKI).
Foto de Marc Tolosa y Forteza